Como seria se lesse um livro que te desse o poder de estudar, trabalhar, ler livros ou fazer qualquer atividade intelectual chata e tediosa sem perder o foco?
Isso mesmo que você entendeu: ler um livro que te ensinasse, por exemplo, a gostar de estudar em um nível que você ficasse viciado em passar horas ali sem se distrair.
E por consequência, ir bem na prova ou teste de aptidão que você precisa fazer.
Ou até mesmo ter a capacidade de terminar um relatório extremamente chato do seu trabalho no prazo certo e com a produtividade ideal.
Tendo como benefício uma menor dor de cabeça e estresse no trabalho, além de ser melhor remunerado.
Nesta resenha você conhecerá os principais motivos para ler a obra “Hiperfoco” do Chris Bailey, um livro de produtividade que vai te ensinar não só a importância de focar, como também a importância de desfocar para ser produtivo.
Isso mesmo que você entendeu, o autor vai te ensinar a ser desfocado para poder atingir o hiperfoco.
Ficou confuso? Nunca ouviu falar dessas ideias antes? Então fique comigo que eu vou te apresentar uma obra incrível sobre produtividade.
Qual o tema central do livro Hiperfoco do Chris Bailey?
O livro Hiperfoco do Chris Bailey basicamente fala sobre como ser mais produtivo.
Portanto, independente se você é um estudante, um funcionário ou um empresário, o livro tem como objetivo ajudar todo mundo que deseja ter uma vida mais produtiva e focada.
Porém, o diferencial do livro é que ele te dá dicas para entender, se adaptar e dominar o seu cérebro quando o assunto é atenção.
Dessa forma, o autor bate sempre na tecla da importância não só do “hiperfoco”, como também ele aborda a importância do “foco disperso”.
Esse é o diferencial do livro, diferente de outras obras que defendem a ideia que você deve estar 100% focado em ser produtivo, Chris Bailey defende sim que você seja focado e produtivo, mas que também saiba o momento de não ser preocupado com produtividade e foco.
Por fim, o livro tem uma grande preocupação em te ensinar a como lidar com distrações e objetos de atenção estimulantes, como por exemplo os celulares e redes sociais.
Por que você deveria ler Hiperfoco do Chris Bailey
Como dito anteriormente, se você tem interesse em ser mais produtivo, focado e criativo, este livro é perfeito para ti.
Independente de qual seja a sua profissão ou propósito ao ler a obra, visto que as dicas dadas se aplicam a qualquer pessoa preocupada com o assunto.
O livro também tem uma linguagem muito simples e objetiva. Mesmo que os assuntos sejam relacionados à cérebro e produtividade, Chris Bailey não usa termos técnicos para apresentar suas ideias.
Isso é um diferencial muito grande, pois mesmo que você seja leigo no assunto, você sim deveria ler o livro Hiperfoco do Chris Bailey porque com certeza você vai entender e aplicar as dicas do livro sem grandes problemas.
Você também deveria ler o livro se constantemente tem problemas para lidar com distrações.
Chris Bailey sabe guiar perfeitamente o leitor a lidar com temas complexos como passar horas usando celular e redes sociais.
Visto que essas distrações são bem comuns quando falamos de improdutividade nos estudos e trabalhos, aprender a lidar com elas por meio do livro é um benefício incalculável.
Portanto, você deveria ler “Hiperfoco” do Chris Bailey se você tem:
- Problemas para ser produtivo
- Não consegue ter foco para estudar
- Quer ter ideias criativas, mas não sabe como
- Se distrai facilmente com objetos distrativos
- Vive estressado e com a cabeça cheia de problemas
- Gostaria de ser mais produtivo, e por isso, melhor remunerado droino trabalho
Se você se identifica com algum desses problemas, com certeza você deveria ler Hiperfoco do Chris Bailey.
21 lições do livro Hiperfoco do Chris Bailey
Agora que você já sabe o tema central do livro, assim como sabe o porquê deveria lê-lo, vamos às principais lições do livro.
A ideia é que você tenha conhecimento delas pelo artigo da Ourbooks, assim como já aplique-as o quanto antes.
Porém, não recomendamos de forma alguma que você leia este artigo e evite a leitura do livro na íntegra.
Portanto, se você gostou da resenha do livro “Hiperfoco” do Chris Bailey aqui na Ourbooks, compre também o livro para lê-lo por conta.
A melhor experiência para obter o conhecimento de um livro sempre será a leitura na íntegra.
1) Cuidado para não viver no piloto automático
O erro que muitas pessoas cometem ao quererem ser produtivas é não tomarem as rédeas da própria vida.
Em outras palavras, viverem no piloto automático para toda e qualquer situação.
É importante ressaltar que se planejássemos tudo na vida, não haveria energia para o cérebro lidar com todas as demandas.
Mas a ideia aqui não é fazer com que tudo na sua vida seja milimetricamente planejado, nem teria como isso acontecer, mas viver sem planejar nada também é um erro.
Portanto, escolher no que você vai focar a sua atenção é fundamental.
Do contrário, você só vai escolher coisas fáceis e sem valor para focar na sua vida por conta do piloto automático.
Por exemplo, o autor explica que existem 4 tipos de tarefas/trabalhos que podemos fazer.
4 tipos de tarefas/trabalhos e quais priorizar
———————————— | Pouco atraente | Atraente |
Produtiva | Trabalho necessário | Trabalho intencional |
Improdutiva | Trabalho desnecessário | Trabalho distrativo |
4 tipos de tarefas/trabalhos que podemos fazer
- Trabalho necessário
costumam ser tarefas pouco atraentes, mas produtivas.
Por exemplo: reunião com a equipe, telefonemas sobre orçamentos e etc. Precisamos nos obrigar a fazer esse tipo de trabalho.
- Trabalho desnecessário
Ele nos mantém ocupados, mas é apenas uma forma ativa de preguiça, pois não faz a gente alcançar nada na vida.
- Trabalho distrativo
Possui tarefas improdutivas e estimulantes, sendo um buraco negro de produtividade.
Estão incluídas aqui as redes sociais, conversas por mensagem, acessar sites de notícia, conversas durante o cafézinho e qualquer outra forma de distração de baixo retorno.
Aqui você resolve se tornando melhor em administrar a sua atenção.
- Trabalho intencional
Esse é o ponto ideal, pois é aqui que você foca nas tarefas realmente significativas na sua vida.
Idealmente falando, é só focar nos quadrantes superiores para ter uma vida mais produtiva e significativa, mas não se resume a fazer apenas isso também.
Em suma, quanto mais vivemos no piloto automático, maiores as chances de termos trabalhos do quadrante inferior.
Esse fato só muda quando temos um prazo para cumprir um trabalho necessário ou intencional.
Apenas nessa condição o nosso cérebro tende a resolver pendências de tarefas ou trabalhos necessários ou intencionais.
2) Nossa capacidade de foco é super restrita, mas podemos aumentá-la!
Quem não leu “Hiperfoco” do Chris Bailey tende a acreditar que o ideal de produtividade é acordar e dormir focado em uma atividade.
Mas, a realidade é bem diferente dessa idealização que temos sobre produtividade.
De acordo com Chris Bailey, passamos 47% do nosso tempo divagando ao invés de prestar atenção em algo.
Ou seja, é raro estarmos prestando atenção em algo.
Dessa forma Chris Bailey nos ensina no livro que devemos focar em aumentar o nosso espaço atencional antes querer hiperfocar em algo.
“Espaço Atencional“ é a quantidade de capacidade que nosso cérebro tem de concentrar e processar as coisas no presente.
É graças a ele que podemos manter, manipular, conectar informações simultaneamente e em tempo real.
A analogia perfeita do espaço atencional seria compará-lo à memória RAM do computador.
O espaço seria a “memória de trabalho” e o tamanho desse espaço como a “capacidade de memória de trabalho”.
Desse modo, o cérebro atua sempre na conversão de bits de informação crus em informação perceptiva em fatos, histórias e lições que você vai lembrar e internalizar.
Por fim, existem várias técnicas para aumentar o espaço atencional, como a metaconsciência, o treino contínuo do hiperfoco na rotina e até mesmo a meditação.
3) Desenvolva a “metaconsciência” e seja INDISTRAÍVEL
Se você está distraído no celular, ou divagando em qualquer outra atividade de forma indesejada, você pode redirecionar esse foco com a Metaconsciência.
Metaconsciência é o ato de conscientizar-se do que está tomando a sua atenção no presente, aumentando a probabilidade de você não perder o foco.
A técnica te dá um ganho de eficiência, tornando cada vez mais fácil ficar focado no que realmente importa.
Ou seja, o simples ato de observar o que passa na sua mente no presente já é o suficiente para que você seja mais produtivo segundo Chris Bailey.
4) Estar ocupado não é ser produtivo, simplifique seu espaço atencional
Outra lição do livro Hiperfoco do Chris Bailey: estar ocupado não é ser produtivo.
A maioria das pessoas se ocupam com diversas tarefas, o que sobrecarrega seu espaço atencional.
E um dos sintomas mais comuns da sobrecarga do espaço atencional é o estresse e somado ao esquecimento da sua intenção inicial.
Em outras palavras, você esquece com mais facilidade daquilo que era realmente importante você fazer.
Alguma vez você já entrou na cozinha ou na sala de sua casa e se deu conta de que esqueceu por que foi até lá? Se sim, você caiu na armadilha da sobrecarga
Hiperfoco – Chris Bailey
Para resolver esse problema, é necessário simplificar o seu espaço atencional trabalhando com intenção na maior parte do tempo e refletindo sobre o que está no seu espaço atencional (metaconsciência).
Ao ter intenção no que fazermos, a gente prioriza o que é importante e não sobrecarrega o espaço atencional, deixando-nos mais calmos (menos estressados) como brinde.
Logo, se você trabalha com intenção e desenvolve a metaconsciência, a tendência é que você preste mais atenção ao que está no seu espaço atencional.
E uma vez que você tem mais cuidado com o que está no seu espaço atencional, dificilmente você sobrecarrega ele.
Como resultado, você não terá o costume de esquecer ou desviar da sua intenção inicial ao executar uma tarefa.
5) Trabalhe apenas com intenção
A intenção na produtividade, de acordo com o Chris Bailey, é basicamente entender o que você quer fazer.
Conforme explicado na lição quatro deste artigo, é fundamental que você trabalhe com intenção.
Ao priorizar o que é importante na nossa rotina, tendemos a ter menos estresse e esquecimento da intenção inicial ao executarmos uma tarefa.
A intenção tem absolutamente que preceder a atenção.
Hiperfoco – Chris Bailey
Dessa forma, é preciso entender o que você quer fazer, mesmo que seja necessário se afastar do seu trabalho só para pensar de forma clara sobre isso.
Chris Bailey dá 3 dicas no livro para que você tenha o hábito de adicionar intenções no seu dia.
3 dicas para desenvolver o hábito de adicionar intenções na rotina
- 1) Escolha pelo menos 3 coisas que quer fazer até o fim do dia
A ideia é que você já consiga focar naquilo que é realmente importante fazer para o dia.
Claro que vão surgir várias coisas para fazer, bem mais que três, porém adicionar intenções tem justamente o papel de limitar a sua atenção para aquilo que é mais importante fazer no presente.
E isso por si só vai simplificar o seu espaço atencional, permitindo que você hiperfoque e seja mais produtivo no geral.
O autor também recomenda que você tenha 3 intenções semanais também.
- 2) Determinar quais são as tarefas mais significativas
Uma vez definidas as intenções, você também pode definir a ordem de prioridade delas.
As tarefas mais importantes são aquelas com as consequências mais positivas.
Aquela tarefa que se feita, gerará um efeito dominó que permite realizar um grande negócio
Determinar as tarefas mais significativas funciona bem para pessoas que já utilizam listas de tarefas para se organizar e não esquecer das coisas.
Considere também as tarefas de terceira e segunda ordem, e não só as consequências imediatas.
Por exemplo, comprar um churros vai te fazer bem no curto prazo por ser gostoso, mas no médio prazo você vai se sentir mal a noite toda, e no longo prazo você vai ficar gordo.
- 3) Alarmes de consciência
Por fim, a terceira dica do autor para trabalhar com intenção é adicionar alarme de consciência durante o estágio de hiperfoco.
Basicamente é um despertador que irá tocar em períodos de tempo escolhido por você.
A ideia é que você de tempos em tempos seja interrompido por uma distração útil, cuja intenção é te dar o gatilho de responder a seguinte pergunta: “No que estou pensando agora?”.
Responder essa pergunta te dá o poder de desenvolver a metaconsciência, técnica essa que te permite refletir sobre o que passa no seu espaço atencional e te ajuda a voltar a pôr sua atenção nos trilhos de volta.
Por fim, quando o alarme tocar, pergunte-se o seguinte:
- Sua mente estava divagando quando o alarme de consciência tocou?
- Você está trabalhando no piloto automático ou em algo que escolheu fazer intencionalmente? (É muito gratificante ver essa questão melhorar ao longo do tempo.)
- Você está imerso em uma tarefa produtiva? Em caso afirmativo, quanto tempo esteve focado nela? (Se foi uma quantidade impressionante de tempo, não deixe que o alarme de consciência faça você tropeçar – mantenha o ritmo!)
- Qual é a coisa mais significativa que você poderia estar fazendo agora? Está trabalhando nela?
- Como está seu espaço atencional? Está transbordando ou você tem atenção de sobra?
- Existem distrações impedindo você de hiperfocar no trabalho?
6) O cérebro não foi feito para o trabalho intelectual
Nosso cérebro não foi feito para o trabalho intelectual, mas sim para sobreviver e reproduzir.
Portanto, ele recompensa a desatenção justamente porque os nossos ancestrais precisavam dela para sobreviver em um ambiente caótico.
Como seria se o homem das cavernas estivesse em hiperfoco acendendo uma fogueira, ao mesmo tempo que ignora uma onça entrando na sua caverna para atacá-lo?
Com certeza a seleção natural não iria propagar os genes dos seres humanos que não soubessem ter múltiplos focos de atenção.
Ou seja, identificar novas ameaças e situações no ambiente era um fator positivo no passado.
E isso se reflete na maneira como nosso cérebro funciona até hoje.
A necessidade moderna de focar em algo está em constante atrito com o incentivo de ser desfocado da nossa natureza evolutiva.
Portanto, não se culpe ou julgue por ser desfocado. Essa não é uma habilidade natural do ser humano, e portanto, você deve trabalhar em desenvolvê-la sem se cobrar demais durante o processo.
- Web Stories: Por que você prefere usar o celular do que estudar?
7) É possível ser multitarefas
Sim, é totalmente possível ser multitarefas. Porém, ser multitarefas não significa mudar a sua atenção constantemente entre as tarefas.
A multitarefa significa tentar simultaneamente se concentrar em mais de uma coisa por vez. Já mudar nossa atenção é o movimento de nosso foco atencional (ou de nosso espaço atencional) de uma tarefa para outra.
Hiperfoco – Chris Bailey
Por exemplo, é possível ser multitarefas em uma situação onde você está lavando louça enquanto escuta um podcast simultaneamente.
Lavar louça é uma tarefa mecânica que não preenche o nosso espaço atencional por completo, o que permite você também ouvir e entender o conteúdo de um podcast.
Por outro lado, mudar a sua atenção da leitura de um livro denso sobre finanças para uma outra atividade descorrelacionada como conversar com alguém importante sobre um assunto sério não funciona tão bem.
Ler um livro assim como ter uma conversa profunda com alguém ocupa todo o nosso espaço atencional.
Logo, é impossível fazer as duas coisas ao mesmo tempo de forma satisfatória.
Portanto, se você quer ser multitarefas, faça isso por meio das únicas 3 combinações possíveis de tarefas que cabem no espaço atencional, sendo elas:
- 1) Algumas pequenas tarefas habituais
Seriam as tarefas feitas por hábito: correr, respirar, ouvir música. Tudo ao mesmo tempo.
- 2) Uma tarefa complexa junto de uma tarefa habitual
Uma tarefa de hábito com uma tarefa complexa, mas não é o recomendado, pois pode sobrecarregar seu espaço atencional.
Exemplo: ouvir um audiolivro enquanto limpa a casa.
- 3) Tarefa complexa com espaço atencional sobrando
Uma tarefa complexa, utilizando o espaço atencional restante para trabalhar a metaconsciência
Observação: Ter espaço atencional sobrando pode ser útil se você quer trabalhar numa tarefa complexa com consciência das melhores abordagens em cima dela.
E/ou ter mais consciência ao que realmente deveria estar tendo a sua atenção naquele momento, evitando distrações.
8) Escolha focar em poucas coisas
Uma tarefa ocupar todo o seu espaço atencional não é prejudicial.
Muito pelo contrário, pois ele não irá transbordar, tão pouco gerar estresse em ti.
Ou seja, o seu trabalho parecerá menos caótico quando você escolhe focar em poucas coisas.
Além disso, no ambiente de trabalho as tarefas podem surgir de forma espontânea no seu dia.
Portanto, é fundamental escolher quais tarefas você vai prestar atenção com antecedência.
E quanto menos coisas você tiver para prestar atenção, maior será sua produtividade.
9) Cedo ou tarde você irá se distrair e desfocar
É normal e plausível que você se distraia em seus projetos.
O cérebro recompensa a novidade e estímulos mais interessantes que o trabalho intelectual.
A única coisa que você tem controle é ter a consciência do que está te distraindo apenas, ou seja, a metaconsciência.
E tendo consciência do que te distrai, você consegue com mais facilidade voltar ao foco.
Portanto, normalize o fato de que cedo ou tarde você irá se distrair e desfocar.
Sendo que a única coisa que está no seu controle é vigiar o seu foco atencional, e voltar aos trilhos assim que perceber que se distraiu.
10) Jamais hiperfoque sem eliminar distrações externas e internas
Distrações podem ser o objeto de atenção mais atraentes quando vamos hiperfocar.
E para lidar com as distrações, é preciso prevê-las com antecedência, tanto em casa quanto no trabalho.
Se lidarmos com elas justo no momento em que aparecem, pode ser tarde demais.
Dessa forma, existem dois tipos de distrações a serem lidadas:
- Distrações externas
- Distrações internas.
Como eliminar distrações externas
As distrações externas são aquelas que vêm de pessoas e/ou do seu ambiente.
Para lidar com elas, basta que você avise as pessoas ao redor sobre a sua necessidade de foco, ou planeje um isolamento estratégico do ambiente.
Quanto às distrações do ambiente, tente identificar o que exatamente te distrai.
Distrações de ambiente podem variar de pessoa para pessoa, pois algumas removem apenas o celular do campo de visão, e isso por si só já resolve o problema.
Enquanto outras se distraem muito mais dentro da área de trabalho do computador, por meio de sites, abas no navegador e emails.
Portanto, faça uma lista do que te distrai, ou do que poderá te distrair no futuro.
E a partir dessa lista, montar um plano para lidar com todas as distrações antecipadamente.
Você vai deixar o celular fora do campo de visão? Vai usar bloqueadores de sites e aplicativos no computador?
Como lidar com distrações internas
Distrações internas são aquelas memórias e pensamentos que vem dentro de ti.
Normalmente lembranças embaraçosas ou até mesmo pensamentos aleatórios.
Algumas podem até mesmo ser a sua resistência mental a uma tarefa chata, como fazer o imposto de renda.
Em geral, para lidar com elas, basta que você limpe a sua cabeça externalizando elas.
Se você está pensando em um problema, tenha um diário ou um caderno simples para expor o problema.
Caso você esteja precisando lembrar e lidar com uma lista de tarefas, não guarde-as na cabeça, passe-as para uma agenda ou um software.
11) Determine um tempo para hiperfocar em uma tarefa
Não determinar um tempo específico para hiperfocar pode te atrapalhar quando você estiver em estado de hiperfoco.
Isso porque a nossa atenção é limitada, assim como o tempo que conseguimos mantê-la.
Dessa forma, é importante que você escolha um momento específico do dia para hiperfocar, assim como a duração.
Isso lhe permite parar e hiperfocar por um período de tempo que seja viável e confortável no seu dia.
O período do dia é relativo de pessoa para pessoa. Algumas vão preferir de manhã, enquanto outras vão preferir hiperfocar de madrugada.
Para saber o melhor período do seu dia para produzir, o Horário Nobre Biológico (HNB), segundo Chris Bailey, basta fazer testes, e principalmente ver os horários que naturalmente você tem um pico de energia.
Quanto a duração do hiperfoco, por exemplo, quantos minutos você passa sem desviar a atenção, também é um teste, e principalmente treino.
Quanto mais você aumenta o seu espaço atencional, aprende a lidar com distrações, trabalha no que gosta, pratica a meditação e sabe quando e como recarregar as suas energias, por mais tempo conseguirá focar.
12) Dispersar o seu foco também é ser produtivo
Nas palavras de Chris Bailey, podemos explicar o foco disperso comparando-o com hiperfoco da seguinte maneira:
O hiperfoco significa se concentrar em uma coisa; o foco disperso envolve focar em nada específico. Com o hiperfoco você direciona sua atenção para fora; com o foco disperso você direciona sua atenção para dentro. Um significa atenção; o outro, desatenção.
Hiperfoco – Chris Bailey
Na prática, basta que você sente na sua cadeira, e literalmente deixe os pensamentos virem na sua cabeça de forma espontânea.
Normalmente você pensará sobre o futuro, sobre o presente, e um pouco sobre o passado.
O foco disperso pode trazer pensamentos e ideias positivas, assim como poder trazer lembranças negativas do passado.
Tudo depende do seu estado de humor, porém, o foco disperso sempre será útil e recomendável de ser praticado na sua rotina.
Divagações oriundas de sessões de foco disperso também são importantes no trabalho, porque por meio delas nós podemos refletir sobre o que estamos fazendo, tendo como objetivo final, trabalhar com mais propósito.
Entrar nesse modo disperso permite pensar no futuro, coisa que no hiperfoco você não consegue.
O que torna o trabalho mais inteligente e intencional.
Em um mundo no qual ouvimos falar que devemos ser produtivos e focados o máximo de tempo possível, ouvir alguém falar que devemos também ser desfocados pode soar estranho.
Parece que estamos usando uma justificativa para sermos improdutivos, mas na verdade estamos recarregando nossas energias para hiperfocar melhor.
Ao mesmo tempo que permitimos nosso cérebro trabalhar em segundo plano, sem gastar energia, no desenvolvimento de ideias e soluções criativas para problemas da nossa vida.
3 principais benefícios do foco disperso na sua vida
- Definir suas intenções e planos para o futuro
- Recarregar as energias mentais
- Aumento de criatividade
Ou seja, se você quer ter mais intenção nas tarefas do seu dia a dia, o foco disperso ajuda.
Se o intuito é recarregar suas energias mentais, principalmente para poder produzir mais e hiperfocar posteriormente, o foco disperso também é importante.
Por fim, se você trabalha com criatividade, o foco disperso é ainda mais relevante.
Trabalhos criativos demandam muito mais trabalho intelectual e foco disperso para resolver problemas não lineares.
Problemas estes que até mesmo hiperfocar não irá ajudar na resolução deles.
Isso acontece porque no foco disperso o nosso cérebro consegue conectar ideias muito mais facilmente.
Conectar ideias é algo que nosso cérebro já está a todo momento fazendo, mas em momentos em que você não está pensando em nada específico (foco disperso), essa capacidade é turbinada.
Um exemplo famoso do uso do foco disperso para resolução de problemas e obtenção de insights foi o de Newton quando a maçã caiu na sua cabeça.
A queda da maçã, quando ele estava em foco disperso, lhe gerou o insight necessário para refletir e teorizar sobre a teoria da gravitação universal.
O mesmo aconteceu com Arquimedes que descobriu como calcular o volume de um objeto irregular enquanto tomava banho e estava em foco disperso.
Aqui vão mais 6 benefícios extras do foco disperso na sua vida de acordo com o livro:
- Tornar-se mais autoconsciente;
- Incubar ideias mais profundamente;
- Lembrar e processar ideias e experiências significativas de forma mais eficaz;
- Refletir sobre o significado de suas experiências;
- Demonstrar maior empatia (o foco disperso lhe dá o espaço para se pôr no lugar do outro);
- Ter mais compaixão.
- Leia também: Foco disperso: o segredo para ser mais produtivo e criativo no trabalho e estudos! l Hiperfoco – Chris Bailey
13) Descansar não é ócio
Pausas são a coisa mais produtiva que você pode fazer.
Elas permitem que você recarregue, assim como te ajudam a não parar de vez também.
Fazer mais pausas com certeza significa trabalhar de maneira mais inteligente e realizar mais. Ironicamente, quanto mais ocupado estiver, mais vai precisar delas.
Hiperfoco – Chris Bailey
Nosso cérebro demanda a necessidade de pausas, uma vez que nosso foco é restrito, e nossa energia não é infinita.
Dessa forma, deixe de lado qualquer preconceito com pausas que você tenha, e reserve tempo para elas na rotina.
Pausas podem ser responsáveis por fazer você ter energia para focar posteriormente.
Lembrando que recarregar seu foco é o ato de sair do hiperfoco para não focar em nada específico.
Portanto, não confunda esse momento de pausa como uma oportunidade para fazer coisas estimulantes, como usar o celular ou assistir um filme.
Você não está recarregando sua energia atencional, mas sim deixando de focar no trabalho para focar em outra atividade mais estimulante.
14) O cérebro liga informações de forma criativa por meio dos “pontos”
De acordo com o Chris Bailey, nosso cérebro é o órgão responsável por reunir e juntar pontos a todo momento.
- Pontos = informações e conhecimentos adquiridos e processados no cérebro
E esses pontos podem se unir a outros pontos que terão como resultado um novo ponto.
Em outras palavras, você pode dar uma solução criativa para um problema complexo na união entre dois ou mais pontos.
E para que isso aconteça, basta apenas entrar em foco disperso e deixar seu cérebro fazer ligações criativas para ti naturalmente.
É justamente daqui que vem os insights criativos, as famosas “eurekas” dos grandes gênios.
Nosso cérebro é uma constelação de redes cheia de pontos – e estamos constantemente adicionando mais coisas a cada nova experiência. Coletamos pontos quando criamos lembranças com entes queridos, estudamos história ou lemos biografias de pessoas que viveram intensamente
Acumulamos pontos a cada erro que cometemos (e com os quais aprendemos) e a cada vez que nos abrimos o bastante para admitir que estamos errados
Coletamos pontos a cada conversa esclarecedora, o que nos permite olhar para as constelações de pontos que vivem na mente de pessoas sábias ou daquelas que veem o mundo de forma diferente. Cada ponto é codificado em nossa memória e fica disponível para uso posterior.
Hiperfoco – Chris Bailey
E é aqui que a função do foco disperso para despertar a nossa criatividade fica mais evidente.
Afinal, a sua função é iluminar essa rede de pontos que existem no nosso cérebro.
Por último, vale a pena diferenciar o que seria um “ponto útil” de um “ponto não útil”.
E basicamente podemos classificar um ponto útil como sendo “informações implementáveis que ajudam você a alcançar seus objetivos”. Exemplo:
- Ouvir comentaristas discutindo questões políticas na TV provavelmente não será implementável nem útil a seus objetivos pessoais. Isso também suga tempo que você poderia gastar consumindo pontos mais importantes.
- A leitura de um livro de ciência ou de uma biografia sobre uma figura histórica é muito mais valiosa. Obras como essas podem inspirar você com uma nova perspectiva, são (relativamente) práticas, não são especulativas e podem ajudá-lo a alcançar metas pessoais a curto e a longo prazo.
As informações úteis também possuem uma vida útil mais longa, ou seja, são úteis no longo prazo.
15) Quanto mais sabemos de algo, menos espaço atencional essas informações consomem
Nosso foco atencional é extremamente restrito, como resultado, só podemos focar e processar poucas coisas ao mesmo tempo.
Além do mais, a nossa memória de curto prazo também é extremamente seletiva em relação às informações que guardamos no cérebro.
Todavia, quanto mais sabemos de algo, melhor nosso cérebro lida com a informação.
Em outras palavras, se você for capaz de um estudar um assunto e ir a fundo nele por um período de tempo razoável, mais será entender e processar o conhecimento.
Quanto mais sabemos sobre um assunto, menos espaço atencional essas informações consomem. Lembre que nosso espaço atencional pode conter cerca de quatro blocos de informação de uma vez. Quanto mais pontos somos capazes de agrupar, mais eficiência teremos em utilizar esse espaço, pois podemos acomodar e processar muito mais informações quando eles estão interligados.
Hiperfoco – Chris Bailey
Essa dica é fundamental para estudantes, pois a maioria tende a abandonar um assunto no começo por ser complexo e difícil de entender.
Sendo que na realidade, o problema está em ter passado muito pouco tempo em contato com aquele tema ou problema em questão.
Uma pianista especializada pode processar todos os elementos de uma peça musical – a melodia, a harmonia, o ritmo etc. – melhor do que alguém que está tocando há apenas algumas semanas, o que significa que pode tornar o uso de seu espaço atencional mais eficiente e, talvez, até mesmo sonhar acordada enquanto ela toca.
Hiperfoco – Chris Bailey
Outra vantagem do acúmulo de pontos é a capacidade de tomar decisões intuitivas.
Trabalhar com mais informações à nossa disposição também nos ajuda a tomar decisões mais intuitivas, pois somos capazes de invocar subconscientemente conhecimentos preexistentes em nossa memória. Essas informações nos levam a reagir de forma adequada em uma situação, mesmo que não estejamos conscientes do que estamos fazendo.
Hiperfoco – Chris Bailey
Logo, também somos capazes de ser mais intuitivos, o que gera comportamentos automáticos positivos em relação a um tema.
Em outras palavras, você toma decisões sábias sem esforço, no automático.
16) Foco disperso e hiperfoco ficam mais ricos quando temos mais pontos valiosos
Quando você consome informação e conhecimento úteis e de qualidade, suas sessões criativas de foco disperso ficam “turbinadas”.
As sessões de hiperfoco também são beneficiadas diretamente pelo seu consumo informacional inteligente, conforme explica Chris Bailey.
Episódios de foco disperso ficam mais produtivos quando ligamos ideias valiosas, especialmente à medida que ficamos mais sensíveis a novos gatilhos de insight, nos expondo a novos pontos. E nossos episódios de hiperfoco se tornam mais produtivos, pois somos capazes de fazer um uso mais eficiente de nosso espaço atencional, evitar erros, ver oportunidades para atalhos, tomar decisões de alto nível melhores e abordar nosso trabalho com mais conhecimento disponível.
Hiperfoco – Chris Bailey
Surge portanto uma pergunta que você deve responder com a maior sinceridade possível:
- O que você consome, seja dentro ou fora da internet, é conteúdo de valor que agrega na sua vida?
A maneira como você resolve os seus problemas é reflexo de tudo aquilo que você consome de informação.
Logo, se você consome conteúdo fútil, suas soluções e ideias serão inúteis para resolver os seus problemas, ou de terceiros.
Por outro lado, se você consome conteúdo de livros técnicos, vídeos, cursos ou qualquer outra forma de informação densa e útil, dificilmente você terá problemas em dar soluções criativas ou hiperfocar com qualidade.
Portanto, preste mais atenção ao que você está investindo tempo.
17) Nem sempre o que é útil é divertido também
Apesar de vivermos na era da internet, onde conteúdo de valor é ensinado por meio do entretenimento, o conhecimento que realmente muda sua vida, em geral, tenderá a ser chato e tedioso.
Dessa forma, se você pretende ser mais inteligente e acumular mais pontos ricos no cérebro, acostume-se com o tédio que essa jornada lhe dará.
No começo você vai odiar trocar a Netflix pela leitura de um livro técnico chato para resolver um problema.
Não só isso, como também ficará extremamente entediado ao perceber a sua mente divagar para outros pensamentos mais interessantes do que o conteúdo útil em questão.
Porém, a recompensa logo virá quando você começar a entrar em sessões de foco disperso mais criativas.
Ou em sessões de hiperfoco mais produtivas e significativas.
Por fim, uma observação importante: você não deve ficar extremamente obcecado em consumir apenas conteúdo útil, pois a sua vida ficará extremamente chata e entediante.
Encaixar uma Netflix, jogos de videogame, ou qualquer outra atividade estimulante não é errado.
Busque sempre o equilíbrio na vida, e a sua produtividade irá decolar.
Afinal, estar feliz e contente com a vida e consigo mesmo também melhora a sua produtividade.
18) Programe horários do seu dia para ter “eurekas”
Eureka significa “encontrei”, “descobri”. Em geral, utilizado com o intuito de expressar alguma descoberta.
Ademais, o termo também pode ser pronunciado por alguém que encontrou uma solução um problema difícil.
Nesse sentido, podemos dizer que a “eureka” é simplesmente o momento em que temos um insight criativo.
E como vimos nesta resenha, a melhor forma de ter insights criativos de forma intencional é por meio do foco disperso.
Como um mágico, os métodos de um gênio são misteriosos – até que se desembaraça a teia de conexões que leva a eles. Esses indivíduos em geral têm mais experiência, investiram mais horas de prática deliberada e, mais importante, ligaram mais pontos do que qualquer outra pessoa.
Hiperfoco – Chris Bailey
Arquimedes, o cientista grego que popularizou o termo “eureka”, resolveu o complexo problema do cálculo do volume de um objeto irregular em uma sessão de foco disperso acidental enquanto tomava banho.
Isaac Newton, o físico que desenvolveu a teoria da gravitação universal, também só pôde explicar o fenômeno da gravidade graças ao insight que teve quando a maçã caiu em sua cabeça durante uma sessão de foco disperso.
E mesmo que eles sejam considerados um dos maiores gênios da humanidade, você, “mero mortal”, também pode replicar a genialidade deles por meio do foco disperso.
Todos os gênios investiram tempo e esforço para alcançar a grandeza.
Hiperfoco – Chris Bailey
Dessa forma, Chris Bailey recomenda que você tenha o hábito de entrar em foco disperso em horários fixos do seu dia.
O intuito é ter o hábito de ter insights criativos, igual faziam os grandes gênios quando queriam resolver um problema.
Nesse sentido, para encaixar o hábito do foco disperso na sua rotina, procure momentos em que você esteja com pouca energia, fora do seu Horário Nobre Biológico (HNB).
Geralmente esse momento é no final do seu dia, após o trabalho, próximo do horário de dormir.
Você perceberá isso na pele quando começar a divagar involuntariamente sobre qualquer assunto que a sua mente escolher.
Quando identificar o momento ideal na rotina, reserve esse tempo para o foco disperso e deixe a sua mente divagar nos pensamentos.
Em algum momento você achará a solução perfeita para aquele problema complexo impossível de resolver.
Quanto ao tempo para fazer uma sessão de foco disperso, em geral, quanto mais tempo, melhor.
Todavia, se você tiver apenas 5 minutos, faça as sessões mesmo assim.
Por mais que eurekas demandem mais de 15 minutos de sessão para acontecerem, tempo menores de foco disperso permitem você ser mais intencional em suas tarefas diárias.
Além de poder descansar (recarregar o foco), e capturar ideias em aberto da mente.
19) Há pouca diferença entre o pensamento positivo e a autoilusão
É fato que quanto mais feliz você está, mais produtivo você será.
Todavia, há cuidados que você deve tomar quando estiver em busca da felicidade, e pensar positivo é um deles.
Pensar positivo para buscar felicidade não faz sentido, e até mesmo atrapalha você, seja qual for o seu objetivo.
Segundo Chris Bailey, pesquisas indicam que desde se recuperar mais rápido de uma cirurgia, até mesmo emagrecer, pessoas que tentam pensar positivo sempre têm resultados negativos adotando essa mentalidade.
Como investir na sua felicidade para ser mais produtivo então?
Gaste tempo em coisas que o nosso nível de sentimento positivo, ou seja, que nos faz sentir bem, é aumentado!
5 atividades que nos deixa felizes
Aqui vão 5 atividades que nos deixa mais felizes de acordo com Chris Bailey no livro Hiperfoco:
- Fazer amor
- Fazer exercícios
- Falar e investir nos seus relacionamentos
- Jogar
- Ouvir música
Observação: a mente divaga menos quando estamos fazendo amor, além de ficarmos significativamente mais felizes nessa atividade do que em outras. Nada nem chega perto.
3 benefícios da felicidade na produtividade
- Humor positivo aumenta o espaço atencional
- Melhora da capacidade em recordar informações com rapidez
- Consumir informações de maneira mais ativa
8 consequências do humor negativo na produtividade
- Diminuição do espaço atencional
- Menor produtividade
- Maiores as chances da mente divagar contra sua vontade e menos atenção você dará àquilo que precisa
- Terá que se preocupar mais com relação a lidar com distrações
- As divagações serão mais pautadas no passado e em ruminar eventos passados, diminuindo suas chances de divagar para planejar o futuro, além de estruturar menos ideias produtivas
- Efeito Zeigarnik aumentado
- Dificuldades em recuperar a atenção após se desfocarem
- Pensar com mais frequência nos próprios fracassos
20) Álcool e cafeína podem ajudar na produtividade
Falar sobre a cafeína na produtividade é comum, porém sobre álcool talvez seja novidade para ti!
E apesar do Chris Bailey NÃO RECOMENDAR O USO DO ÁLCOOL, o autor reconhece alguns dos efeitos interessantes que a substância pode trazer no foco disperso.
Dessa forma, vamos abordá-los em tópicos separados aqui nesta resenha do livro Hiperfoco do Chris Bailey.
Usos do álcool na produtividade
O álcool, de acordo com Chris Bailey, tem a função de diminuir o seu controle em relação a atenção.
Em outras palavras, você fica mais propenso a divagar, e portanto, mais criativo no geral.
Isso acontece porque a criatividade vem justamente de divagações nas quais o seu cérebro conecta ideias por meio do foco disperso.
Dessa forma, o álcool funciona como um facilitador do foco disperso.
Entretanto, vale ressaltar que o uso do álcool com toda a certeza não te ajudará quando o assunto for hiperfocar.
Tão pouco você terá controle sobre os momentos em que você quer hiperfocar ou estar em foco disperso criativo, uma vez que alcoolizado, você irá demorar mais para perceber que a mente divagou.
O álcool afeta os dois aspectos da qualidade de sua atenção: não só você vai se concentrar por um período mais curto como também vai levar mais tempo para perceber que sua mente divagou.
Hiperfoco – Chris Bailey
Portanto, essa falta de controle devido o uso da substância é o que faz o Chris Bailey não recomendar o uso de álcool para entrar em sessões de foco disperso, mesmo reconhecendo os seus efeitos e benefícios.
O uso da cafeína na produtividade
A cafeína também deve ser consumida em momentos estratégicos.
Também vale destacar a diferença para o álcool.
Enquanto o álcool facilita o cérebro divagar, a cafeína ajuda o indivíduo a hiperfocar.
Além disso, ela aumenta o desempenho mental e físico em todas as formas possíveis.
Incluindo a performance no trabalho e no exercício físico.
Em resumo, são características do café na produtividade segundo Chris Bailey:
- Aprofunda nosso foco (independentemente de ser uma tarefa simples ou complexa) e o contrai, o que torna o ato de hiperfocar uma tarefa mais fácil (mas dificulta mais o foco disperso).
- Ajuda a perseverar, sobretudo em tarefas longas e cansativas. (Reforça nossa determinação, independentemente do quanto estejamos cansados.)
- Melhora nosso desempenho em tarefas que exigem memória verbal, em reações rápidas ou raciocínio visuoespacial (por exemplo, ao montar um quebra-cabeça).
Por fim, existem efeitos negativos da cafeína que valem a pena serem citados.
Após ela ser metabolizada no corpo, sua energia e produtividade caem.
Você também pode ter seu sono prejudicado com o uso da cafeína, o que resulta em problemas de produtividade para o dia seguinte.
Escolha a cafeína apenas se você de fato obtém benefícios decorrentes do aumento de desempenho mental ou físico. Desde que não seja muito tarde, consuma um pouco de cafeína da próxima vez que estiver prestes a hiperfocar em uma tarefa ou ir à academia para um treino pesado. Em vez de tomar uma xícara de café depois que acordar, espere até começar a trabalhar e, assim, se beneficie do impulso quando tiver que trabalhar em tarefas mais produtivas.
Hiperfoco – Chris Bailey
21) Evite hiperfocar em trabalhos com escritório aberto
Escritórios abertos são lugares onde pessoas se reúnem para trabalhar juntos no mesmo lugar.
E uma das características negativas desse tipo de local é que você tem menos controle do ambiente, e por consequência, da sua atenção também.
Nós nos distraímos com 64% mais frequência em um ambiente aberto e também somos interrompidos por outras pessoas mais vezes. Um escritório aberto pode prejudicar seriamente sua produtividade se você faz um trabalho que exija atenção.
Hiperfoco – Chris Bailey
Porém, um benefício do escritório aberto é poder trabalhar por mais tempo em um único projeto antes de mudar para o próximo.
Em resumo, use escritório aberto quando:
- Você e sua equipe fazem trabalhos hipercolaborativos que envolvem muita criatividade e ligação de ideia
E não use escritório aberto quando:
- Seu trabalho precisa de hiperfoco e ausência de perturbações
Conclusão
Com certeza você sairá dessa resenha do livro Hiperfoco do Chris Bailey pronto para aplicar as dicas ainda hoje.
O livro é extremamente simples em sua linguagem, além de ser objetivo quanto ao tema.
Além disso, o diferencial do livro com toda a certeza está em explicar tanto o hiperfoco e suas características quanto ensinar a importância do foco disperso.
Hiperfoco do Chris Bailey aborda a produtividade respeitando as limitações humanas, principalmente quanto a capacidade atencional que nós temos.
Ensinando não só como lidar com as distrações, como também dicas para aumentar o espaço atencional, além de ensinar também sobre como ser criativo de fato.
Dificilmente você verá um outro livro tão completo e simples quanto ao tema produtividade.
Com toda a certeza este livro é indicado não só para iniciantes, como também para pessoas que já leram ou sabem bastante sobre o tema produtividade.
Por fim, apesar deste blog ser completo em relação ao livro, busque lê-lo na íntegra.
A melhor experiência com certeza será a leitura na íntegra, portanto, não se limite apenas ao que foi abordado aqui.
- Leia também: Como criar o hábito de leitura em pouco tempo