Você sabe quem foi Arkad, O Homem Mais Rico da Babilônia? Caso não saiba quem foi Arkad, neste post iremos explicar a história do personagem no livro e separar as 3 lições mais marcantes de Arkad no livro.
Mas me diga, como seria a sua vida se você tivesse a chance de ter uma mentoria com a pessoa mais rica do mundo?
Ou quem sabe ter uma mentoria com alguém que seja referência na sua área?
Provavelmente você sairia mudado dali, afinal você estaria aprendendo com quem realmente chegou aonde você quer chegar.
Sob o mesmo ponto de vista, é exatamente neste clima que O Homem Mais Rico da Babilônia foi escrito.
Nesse sentido, este post vem para abordar estas e outras questões que giram em torno do personagem mais famoso do livro.
Aliás, vale ressaltar que este post não vem para substituir a leitura, mas sim para abordar superficialmente a obra e te convencer a ler o livro por conta.
Além disso, a experiência em ler diretamente do livro as lições é bem diferente da maneira passada aqui.
- Leia também: Casa própria é investimento ou George Clason está errado? l O Homem Mais Rico da Babilônia
Quem foi Arkad?
Arkad é o personagem mais conhecido da obra. Como resultado, se você conversar sobre o livro com quem o leu, Arkad com certeza será citado em algum momento.
Mas afinal, quem é esse tal de Arkad?
Arkad é um personagem criado por George Clason para ser um dos protagonista da história que se passa em uma cidade chamada Babilônia.
A Babilônia é o local no qual residem as pessoas mais bem sucedidas do contexto criado no livro, ou seja, um local com muito prestígio e sucesso.
Em outras palavras a Babilônia na vida real seria como Nova Iorque, Washington, Chicago: um lugar aonde a maioria dos ricos vivem.
Nesse sentido, além de morar na cidade mais rica mundo, Arkad também era o homem mais rico dentre todos aqueles que moravam naquela cidade.
É por isso que o livro chama-se “O Homem Mais Rico da Babilônia”, pois a história conta a vida e os ensinamentos do homem mais rico da Babilônia.
Ainda assim vale deixar claro que Arkad não é o único personagem a ter protagonismo no livro, dividindo-o com mais 6 personagens no livro.
Mas, me diz ai: você gostaria de ser reconhecido a tal nível na sua cidade como Arkad? Me conta depois nos comentários deste post.
Arkad: abundância em riqueza e humildade
Mesmo tendo muita riqueza, Arkad era acima de tudo um homem muito humilde ao se relacionar com outras pessoas.
Apesar da vida de ostentação, ele é descrito no livro como sendo alguém muito preocupado com a filantropia.
Portanto, é descrito que o personagem sempre mostrava-se generoso com os mais necessitados e com a sua família.
Além disso, outra coisa que podemos notar em Arkad é que a sua disposição em ajudar as pessoas através do conhecimento é algo que move ele.
Durante o livro todo ele se mostra sempre disponível para ajudar pessoas que estão abaixo do nível financeiro dele, seja através dos seus conhecimentos ou experiências com a própria vida financeira.
Nesse sentido, cabe a nós leitores uma reflexão: será que estamos praticando boas ações na sociedade ou usamos alguma desculpa para evitar a nossa responsabilidade em tornarmos o mundo melhor?
Por várias vezes no livro Arkad está sempre ensinando, debatendo ou ajudando alguém em relação a assuntos financeiros.
Além disso ele está sempre ouvindo e ajudando pessoas das mais variadas classes sociais e financeiras sem cobrar nada em troca disso.
Assim como o personagem, será que estamos agregando valor as pessoas ou estamos mergulhados na nossa arrogância e problemas a ponto de ignorar as pessoas ao nosso redor?
Por fim, pense também em como o mundo seria um lugar melhor se nos organizássemos para ajudar uns aos outros a lidar com os seus problemas. Com certeza o mundo seria melhor se houvessem mais “Arkads” por ai.
A história de vida de Arkad
Apesar da fama na cidade por ser um homem de muita fartura financeira, Arkad nem sempre teve tanta sorte assim.
Em um dos primeiros relatos de Arkad sobre a sua trajetória de vida, ele descreve o começo da sua vida como:
“[…] filho de um humilde comerciante, membro de uma grande família sem qualquer expectativa de herança, e não me achando dotado, como me disseram vocês com tanta franqueza, de poderes superiores ou talentos especiais, decidi que, se realmente quisesse conseguir tudo o que desejava, precisaria basicamente de tempo e estudo”.
George Clason – (Clason, 2005, p.17)
Dessa forma, por mais que o personagem fosse reconhecido pela sua grande riqueza, as suas origens são iguais as das pessoas comuns.
Como resultado, o personagem não excluí as pessoas comuns e afortunadas da possiblidade em ser rico um dia, já que ele mesmo um dia esteve na pior assim como “nós meros mortais”.
Um exemplo disso é que antes dele começar a adquirir riquezas, a sua antiga profissão era a de escriba na sala de registros.
Nesse sentido, ele relata que apesar do trabalho duro como escriba, todas as suas economias iam embora a ponto de não sobrar nada.
Apesar do fracasso financeiro naquele momento, ele não desistiu da sua missão de vida e continuou buscando incessantemente por entender o que faz alguém rico.
O seu foco era claro: entender como os ricos acumulavam patrimônio e aplicar os conceitos na sua própria vida para que ele gozasse das coisas boas que o dinheiro proporciona.
Sendo assim, foi a partir desse momento que Arkad teve a oportunidade conhecer o seu mentor, a pessoa que iria ser a responsável pela sua prosperidade financeira nos anos seguintes.
A influência de Algamish na vida de Arkad
Algamish dentro da história do O Homem Mais Rico da Babilônia é descrito como um emprestador de dinheiro.
Além disso, emprestadores de dinheiro normalmente são considerados no livro como pessoas inteligentes quando se trata de manusear e multiplicar dinheiro.
Nesse sentido, Algamish entrou na vida de Arkad através de um trabalho que o mesmo requisitou a Arkad na sala de registros.
A tarefa era basicamente transcrever uma lei para uma tabuinha. Entretanto, Arkad não conseguiu terminar a tabuinha a tempo e negociou com Algamish um novo prazo e um novo pagamento.
A proposta era que Arkad passaria uma noite em claro terminando a tabuinha, para que em troca Algamish lhe ensinasse a se tornar rico.
A importância do conhecimento acima de tudo
Um adendo a ser feito nesta parte da história é que se você é um leitor assíduo de outros livros de finanças, você pôde perceber que Arkad aplicou um conceito muito difundido tanto no livro quanto em outras obras do mundo das finanças.
Conforme descrito tanto em Pai Rico Pai Pobre quanto em Os Segredos da Mente Milionária, os ricos trabalham pelo conhecimento e não pelo dinheiro.
Portanto, se você aprendeu este conceito nestes dois livros, você pôde perceber na hora que Arkad troca a sua remuneração monetária pelo conhecimento de Algamish.
Como resultado, ele diminuí o risco e o sofrimento pessoal para chegar no seu objetivo, pois ele agora pode aprender diretamente com quem chegou aonde ele quer chegar.
Além do Robert Kiyosaki e do T. Harv Eker, George Clason em O Homem Mais Rico da Babilônia também deixa claro a importância do conhecimento ao dizer que:
[…] quem poderia aquilatar em moedas de ouro o valor da sabedoria? Sem sabedoria, o ouro pode ser rapidamente perdido pêlos que o têm, mas, com sabedoria, o ouro pode ser adquirido pêlos que não o têm.”
George Clason – (Clason, 2005, p.64).
[…] quem poderia aquilatar em moedas de ouro o valor da sabedoria? Sem sabedoria, o ouro pode ser rapidamente perdido pêlos que o têm, mas, com sabedoria, o ouro pode ser adquirido pêlos que não o têm.” (Clason, 2005, p.64).
O racional por trás disso é que ao trabalhar pelo conhecimento ao invés do dinheiro, as chances de você ganhar mais dinheiro no futuro é muito maior.
Em outras palavras, seja para empreender ou trabalhar para alguém, a melhor maneira de aumentar os seus ganho e diminuir os seus riscos no curto e longo prazo é trabalhar pelo conhecimento.
Por fim, fica uma pergunta para você: você vem priorizando o conhecimento ou o dinheiro na sua vida?
Deixe a sua resposta nos comentários deste post após terminar a leitura, pois a sua resposta pode ajudar outras pessoas a refletirem sobre isso.
3 lições de Arkad em O Homem Mais Rico da Babilônia
Após conhecermos o personagem, iremos abordar agora as 3 lições que o Arkad deixa para a gente.
Aliás, lições estas que foram ensinadas pelo Algamish e refinadas pelo Arkad através das suas próprias experiências pessoais com o dinheiro.
Pague a si mesmo primeiro reservando 1/10 de tudo o que ganhar
A primeira das 3 lições de Arkad é guardar 1/10 (10%) de tudo o que você ganha, visando pagar a si mesmo primeiro.
Isso acontece porque de acordo com Arkad, as pessoas estão sempre pagando a terceiros antes de tudo, mas nunca elas mesmas.
Em outras palavras, ele quer dizer que ao comprarmos um produto ou serviço, estamos na verdade pagando estas pessoas.
Logo, são as pessoas que nos venderam algo que estão ficando mais ricas financeiramente, já nós ficamos apenas com o produto.
Consequentemente tendemos a gastar todo o nosso dinheiro pagando outras pessoas, menos a nós mesmos.
Sendo assim, Arkad nos aconselha a sempre separar religiosamente 1/10 de tudo o que ganharmos para nos pagarmos primeiro.
De acordo com Arkad, ao fazer isso o patrimônio pessoal do indivíduo passa a aumentar cada vez mais, atraindo novas possibilidades e oportunidades.
Por mais que pareça algo simples, fica a seguinte questão para quem tem objeções em aplicar esta lição: como alguém vai enriquecer gastando exatamente tudo o que ganha sem guardar nada para si?
Apesar da lição ser apenas sobre poupar, executá-la irá tornar possível a aplicação das próximas lições descritas no livro.
Aconselhe-se com pessoas cuja competência venha das próprias experiências
A segunda das 3 lições de Arkad se resume a se aconselhar financeiramente com pessoas experientes com o uso do dinheiro.
Em outras palavras, JAMAIS INVISTA O SEU DINHEIRO COM ALGUÉM QUE NÃO SABE O QUE ESTÁ FAZENDO.
Dentro do contexto do livro, Arkad aprendeu esta lição ao confiar o seu dinheiro a um oleiro, cuja missão era comprar joias de valiosas para vende-las a um preço maior quando voltasse de viagem.
Entretanto, Azmur (o oleiro) não era alguém que conhecia de joias (função exercida por um ourives), e por isso foi enganado pelos fenícios.
Por fim, acabou que ambos perderam todo o capital investido, pois compraram pedaços de vidro com a promessa dos fenícios de serem joias valiosas.
Em suma a lição é clara: não invista em negócios que você não entende bem.
Assim como você também não deve investir o seu dinheiro em pessoas que não entendem do próprio negócio ou não sabem multiplicar o dinheiro.
Saindo do contexto do livro, isso acontece com frequência quando pessoas aceitam a promessa de dinheiro fácil, seja através de pirâmides ou qualquer outro tipo de golpe.
Em resumo, sempre evite investir em algo que você ou a pessoa em que você confiou o investimento não entendem bem.
Faça o ouro trabalhar para você
Por fim, a terceira e ultima das 3 lições de Arkad vem para incentivar o leitor para a fazer o dinheiro trabalhar para você.
Se você já leu outros livros de finanças pessoais, sabe que essa lição é bem comum de aparecer.
Em Pai Rico Pai Pobre do Robert Kiyosaki, ele cita isso direto com o propósito de incentivar as pessoas a comprarem ativos ao invés de passivos.
Em O Homem Mais Rico da Babilônia, George Clason não ensina algo muito diferente disso.
Através de Algamish, Arkad foi debochado pelo emprestador de dinheiro ao relatar que gastou todo o dinheiro que ganhou em um investimento que deu certo.
Dentre os gastos citados, Arkad diz que deu uma festa caríssima, comprou roupas caras e ainda tava pensando em comprar um burrico para locomover-se.
Se pararmos para analisar o ambiente a nossa volta, poderemos perceber com clareza que isto acontece até os dias atuais.
Entretanto, pessoas não se endividam mais com burricos para se locomover, mas sim com imóveis e carros que lhe endividam por anos a juros absurdos.
Sem contar os gastos mais efêmeros como por exemplo comprar roupas caras, idas a fast-foods, festas com amigos e dentre outras coisas.
Em contrapartida, Arkad relata que aprendeu a sempre reinvestir o que ganhar, a fim de tornar cada moeda de ouro um trabalhador apto a gerar mais moedas para ele.
Em resumo, a terceira lição fala justamente para reinvestirmos sempre para aproveitar o efeito dos juros compostos. Além de permitir-nos posteriormente gastar uma parte desta quantia sem grandes preocupações.
Conclusão
Se você chegou até aqui, provavelmente viu que as lições são super fácies e descomplicadas.
Nesse sentido convido você a experimentar pelo menos uma destas 3 lições de Arkad.
Sendo assim, dê preferência a lição que ensina a economizar 1/10 de tudo o que você ganha, pois ela é a mais simples de experimentar.
Mas, me diz: você ainda tem dúvidas ou receios em relação a ler ou não está obra?
Independente se você já leu o livro ou se esta analisando a possibilidade de ler, aqui na Ourbooks temos uma resenha feita especialmente para quem quer saber sobre o livro antes de lê-lo.
Afinal de contas, você não quer perder tempo lendo algo que vai odiar, não vai?
Confira a nossa resenha sobre O Homem Mais Rico da Babilônia para tomar a decisão de ler o livro na íntegra ou não.