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Quem é o “Diabo” no livro Mais Esperto que O Diabo?

A pergunta que tanto quem leu Mais Esperto que O Diabo quanto quem não leu pode fazer a si mesmo é “quem é o “Diabo” no livro Mais Esperto que O Diabo descrito pelo Napoleon Hill?

Como resultado dessa pergunta, o intuito deste post é refletir e discutir sobre a natureza e as características do Diabo – lembrando que terá spoilers no texto.

Portanto, este post irá servir tanto para quem leu quanto para quem ainda não leu o livro Mais Esperto que O Diabo.

Definindo quem é o Diabo

Napoleon Hill, antes do início da entrevista, descreve que o Diabo é alguém que não precisa ser interpretado ao pé da letra, mas que cabia a nós (leitores) dar o significado de quem realmente era ele.

Apesar dessa definição (um tanto quanto vaga), ainda temos o benefício da dúvida. Afinal, quem é este personagem?

Como resposta a estas perguntas, podemos dar uma definição mais objetiva ao personagem, classificando o Diabo como uma analogia dos hábitos e comportamentos voltados ao fracasso.

E consequentemente esta definição se prova evidente quando descobrimos pouco a pouco o modus operandi do Diabo. Por exemplo, vemos isso quando o Diabo faz uma introdução sobre um de seus truque para dominar as pessoas:

“[…] A arma mais poderosa que possuo sobre os seres humanos consiste em dois princípios secretos de controle mental.

Primeiramente, falarei sobre o princípio do hábito, através do qual eu silenciosamente entro nos recônditos das mentes das pessoas.

Operando através desse princípio, estabeleço (gostaria de poder evitar o uso desta palavra) o hábito de ALIENAR.

Quando uma pessoa começa a alienar-se em qualquer assunto, ela se dirige diretamente para as portas do que vocês, seres humanos, chamam de Inferno”. (Hill, 2014, p.44).

Napoleon Hill – (Hill, 2014, p.44).

Outro exemplo que deixa claro disso é quando o Diabo fala sobre o vício do cigarro como uma ferramenta fundamental para destruir a persistência, resistência e a imaginação das pessoas:

“[…] Você pode não saber, mas os cigarros quebram o poder da persistência; eles destroem o poder da resistência, acabam com a habilidade de concentração.

Eles matam e diminuem a imaginação e ajudam em muitos outros meios para que as pessoas não usem as suas mentes da forma mais efetiva.

Você sabia que tenho milhões de pessoas, jovens e velhas de ambos os sexos, que fumam dois maços de cigarros por dia? Isso significa que eu possuo milhões de pessoas que estão gradualmente destruindo o seu poder de resistência.

Um dia, adicionarei ao seu hábito de fumar cigarros outros hábitos destruidores de pensamento, até o momento exato de ganhar o controle de suas mentes”. (Hill, 2014, p.41).

Napoleon Hill – (Hill, 2014, p.41).

Por fim, esses diálogos esclarecem qualquer dúvida em relação a natureza perversa do Diabo durante o livro.

Como resultado, podemos concluir que o Diabo é basicamente um ser maquiavélico que está ali para atrapalhar as pessoas o máximo possível, tendo como ganho o poder sobre as suas mentes.

O Diabo na vida real

Mais Esperto que O Diabo tem como foco fazer analogias e explicar as causas do fracasso e sucesso das pessoas do mundo real através confissões do Diabo, um personagem fictício.

Todavia, quais ações e atitudes do Diabo refletem algo a realidade?

Napoleon Hill através do seu personagem, o Diabo, exemplifica vários tipos de hábitos e modos operantes. Normalmente, com muitos exemplos, analogias e comparações.

Antes de tudo, temos que lembrar do fato que Napoleon Hill trabalha muito com a ideia de propósito definido, e com isso em mente, muito do que será descrito neste post vem dessa ideia base do autor.

Aliados do Diabo no mundo real

A princípio, uma das ferramentas que fazem o Diabo ser muito forte, de acordo com o próprio personagem, são os seus aliados.

Mas, antes de tudo, ele cita que o truque dele para conquistar qualquer pessoa é dominar a mente delas com pensamentos que elas pensam serem seus.

Nesse sentido, o truque do Diabo consiste em usar uma das 9 ferramentas para o controle da mente:

  • Medo
  • Superstição
  • Avareza
  • Ganância
  • Luxúria
  • Vingança
  • Raiva
  • Vaidade
  • Preguiça

Pensando na questão do medo, reflita consigo mesmo: quais situações ou momentos em que o medo foi determinante para alienar alguém ou até mesmo você?

Logo após refletir sobre isso, pense também em quem foram os responsáveis por este medo gerado em você. De acordo com Napoleon Hill, os responsáveis pelo funcionamento dessas ferramentas são os seus aliados, dentre eles:

  • Pais
  • Professores
  • Instrutores
  • Religiosos

Por fim, reflita consigo mesmo novamente: quem são as principais influências de uma pessoa (principalmente quando mais nova) no processo da formação de opiniões, ideias e crenças?

A razão pela qual o Diabo controla 98% dos humanos

Depois que entendemos um pouco do modos operante do Diabo, fica claro o tamanho do seu poder e influência sobre as pessoas.

Além disso, o personagem criado por Napoleon Hill não foge muito da realidade em seus raciocínios e ensinamentos.

Em outras palavras, se você refletiu em relação as perguntas anteriores, pôde perceber que a influência desse personagem não se limita a ficção criada em Mais Esperto que O Diabo, mas sim em pessoas da vida real também.

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Por exemplo, leve em consideração a afirmação do capítulo 4 (“Alienando-se com o Diabo”), e tente interpretar a frase dita pelo Diabo:

“[…] É aí que entra a minha sabedoria. Esta é a explicação exata de como controlo 98% das pessoas do mundo.

Assumo o controle das pessoas durante
sua juventude, antes que eles possuam o controle de suas próprias mentes, usando aqueles que são responsáveis por elas.

Preciso especialmente da ajuda
daqueles que ministram instruções religiosas às crianças, porque é aqui que eu acabo com o pensamento independente e começo o hábito da alienação,
confundindo as mentes das pessoas com ideias que não são provadas e que têm a ver com um mundo de que elas não conhecem nada.

É também aqui que eu planto nas mentes das crianças o maior de todos os medos – o medo do Inferno!”.

Napoleon Hill – (Hill, 2014, p.47).

Nesse sentido, fica claro a esta altura do livro que o Diabo usa pessoas que nem se quer imaginamos fazerem parte do seu domínio.

Ainda mais sendo pessoas que nos influenciam desde quando nascemos, como por exemplo religiosos e pessoas da nossa família.

Como resultado, este foi um dos motivos pelos quais o autor não quis publicar o livro em vida – aliás, caso você não saiba, segundo a Veja o livro foi engavetado pela influência da ultima esposa de Napoleon Hill.

Do mesmo modo, é válido é imaginar como Napoleon Hill iria lidar com os críticos dessa obra, caso o autor estivesse vivo durante a publicação.

Citar grupos importantes da sociedade como a família, líderes religiosos e professores como os responsáveis pela falta de sucesso e alienação de alguém torna o tema ainda mais polêmico.

E isso acontece porque relacionar a figura do “Diabo” com religião, e dizer que ambos trabalham juntos, por exemplo, soa antagônico e super dissonante levando em conta o senso comum.

Mas afinal de contas, quando você leu o livro pela primeira vez, você ficou espantado com a ideia do Diabo e a religião trabalharem juntos? Deixe nos comentários deste post a sua opinião.

Agora que entendemos que o Diabo na vida real é caracterizado por determinadas ferramentas e truques, que funcionam juntamente com a ajuda de seus aliados no processo de alienação de uma pessoa, vamos entender como fazer parte dos 2% dos humanos.

Como fazer parte dos 2% dos humanos não controlados

Primeiramente, vamos entender o que seria uma pessoa não alienada. Para Napoleon Hill, através das falas do Diabo, um alienado é alguém que não pensa por si mesmo.

Como resultado, ele é constantemente controlado pelas circunstâncias externas a sua mente.

Em outras palavras, ele aceita tudo o que lhe vem a frente sem qualquer julgamento.

Outra característica é a sua falta de vontade em lutar por aquilo que quer, pois o mesmo passa boa parte da vida tentando descobri o que quer.

Por exemplo, Napoleon Hill cita que uma atitude de alguém que é alienado é emitir opiniões que não são suas.

Por fim, Napoleon Hill ainda cita mais características e exemplos, todavia essas são as principais para entendermos até aqui o que é um alienado.

Quais são as características de um NÃO ALIENADO?

Um homem com a mão na cabeça

Do mesmo modo que um alienado é aquele que não pensa por si mesmo, alguém que não é alienado basicamente é alguém que pensa por si mesmo.

Mas, como é exatamente um não alienado? Quais são suas atitudes e ações na prática?

De acordo com o Diabo (Napoleon Hill), um não alienado é basicamente alguém no qual ele não tem controle algum.

Consequentemente, as atitudes de alguém que ele não tem controle, ou seja, que pensam por si mesmas são:

  • Ter um objetivo maior na vida
  • Possuir uma mente totalmente sua e a usa para alcançar todos os seus objetivos.
  • Estar sempre engajado em fazer algo definido
  • Ser inspiração para todos aqueles que entram em contato com sua mente

Dentre muitas outras características citadas pelo Diabo. Mas, em essência essas são as principais, que por sinal são bem baseadas na questão do propósito definido, ideia essa muito difundida pelo autor em suas obras.

Conclusão

Em síntese, ao entendermos quem é o Diabo no livro Mais Esperto que O Diabo, conseguimos aproveitar melhor o conteúdo do livro e todos os seus ensinamentos.

Nesse sentido, Napoleon Hill através do Diabo conseguiu criar com maestria um clima ideal de tensão (por conta do mistério gerado pelo Diabo em suas falas) juntamente com conhecimentos super úteis para a vida real.

A primeira vista, o livro pode parecer confuso e complexo, mas este post veio para elucidar e explicar esses pequenos detalhes, mas não pare por aqui!

Caso você tenha achado interessante o livro, a resenha do livro Mais Esperto que o Diabo pode agregar muito mais a ti, principalmente para relembrar o conteúdo abordado no livro ou conhecer ele antes de comprá-lo e ler por conta.

Porém, caso você tenha já o interesse em comprá-lo, confira o livro na Amazon através do banner logo abaixo:

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Fonte
Archanjo, Adriana. A lei do triunfo: um objetivo principal definido. Adriana Archanjo, 10 de dezembro de 2017. Disponível em: https://medium.com/@adrianaarchanjo/a-lei-do-triunfo-tenha-um-objetivo-principal-definido-2a2d9a4d4aa8 Acesso em: 28/10/2021Carneiro, Raquel. Mais Esperto que o Diabo, campeão de vendas no país, tem autor controverso. Veja, 22 de janeiro de 2021. Disponível em: https://veja.abril.com.br/cultura/mais-esperto-que-o-diabo-campeao-de-vendas-no-pais-tem-autor-controverso/ Acesso em: 28/10/2021HILL, Napoleon. Mais Esperto Que o Diabo: O mistério revelado da liberdade e do sucesso. Tradução: M. Conte. 2. ed. Porto Alegre: Citadel, 2014. 208 p. ISBN 978-85- 68014-00-4.Ribeiro, Débora. Maquiavélico. Dicio, julho de 2019. Disponível em: https://www.dicio.com.br/maquiavelico/ Acesso em: 28/10/2021
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Carlos Gomes

Estou terminando meu bacharel em administração, sou especialista em investimentos (CPA-20, Anbima) e além de tudo um leitor de livros polímata.
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